sábado, 17 de março de 2012

ARISTÓTELES - Visão da Antropologia Filosófica




Texto de Eneide Pompiani de Moura da disciplina "Tópicos de Antropologia Filosófica" do curso de Pós-graduação em Filosofia da Existência - Universidade Católica de Brasília - Polo: São Paulo, coordenado pelo Prof Vicente Sergio Brasil Fernandes (março/2012).

                       Para o Aristóteles, ao contrário de Platão, o homem permanece na terra e contempla a si mesmo, a natureza e o mundo. O homem retorna-se a si mesmo, tornando-se algo de positivo. Ao falar de si mesmo, sendo o exemplar de uma espécie, alcança consciência de si mesmo enquanto homem e não enquanto este homem. Concluindo, «é, para si mesmo, um ele, e nunca um eu».

                     Aristóteles nos dá uma visão realista do mundo e do homem. Do mundo enquanto, opondo-se ao idealismo platonico, faz das ideias formas da matéria. Do homem enquanto faz o conhecimento intelectivo proceder da experiencia e enquanto afirma que as ideias universais, em seu significado, têm certa correspondência com a realidade externa.
“Aristóteles coloca os ‘pés’ do homem na terra. Fala do homem concreto, aquele que vive no mundo e que interage com e ele e com todos os seres.” 

               Aristóteles ao tomar como fundamento de seu pensar a existência concreta do homem como um ser que está inserido no conjunto da natureza e que – a partir desta consciência de pertença a este conjunto natural – precisa afirmar a sua humanidade de um modo peculiar. Neste sentido, eu reflito que na filosofia de Aristóteles o homem é um “zoon logikon”, isto é, o homem é um animal racional, aquele que tem a possibilidade de construir um sentido para a sua existência, que a torne razoável, justificada pela razão.
O velho pensador de Estagira através da afirmação peculiar de que a essência do homem reside na razão. Essa afirmação perpassa como referência a história das ideias.

Autora: Eneide Pompiani de Moura

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