Texto de Eneide
Pompiani de Moura sobre o tema “Como
se estuda Filosofia?” baseado no fórum de discussão da disciplina "Metodologia
de Pesquisa em Filosofia" do curso de Pós-graduação em Filosofia da
Existência, coordenado pelo Prof Vicente Sergio Brasil Fernandes (maio/2012).
Segundo
o Prof. Vicente, esta pergunta se faz sempre presente naquele que deseja buscar
a compreensão filosófica. Desde já sabemos que a resposta a ela não é tão
simples de se alcançar.
Primeiramente
podemos dizer que é o estudante quem vai descobrir isso, após sistemáticas e
repetidas leituras. Afinal, o papel do professor não é entregar tudo facilmente
para ele. Aliás, em se tratando de filosofia, a função do professor é fomentar e
assegurar ao aluno uma autonomia cada vez maior.
Esta autonomia reside na busca da construção e (re)construção dos sentidos, alcançada a partir de leituras e (re)leituras dos textos filosóficos. Estes cumprem a tarefa de mediadores entre aquilo que o filósofo afirma e o que é inicialmente compreendido.
Sendo assim, temos o que a hermenêutica denomina de "fusão de horizontes".
Eu, que desejo conhecer, a partir de meu horizonte, instauro um diálogo com o horizonte de compreensão do filósofo.
Existe então um aspecto importantíssimo. Essa fusão de horizontes se dá por intermédio dos textos filosóficos. Estes são constituídos a partir de uma base conceitual indispensável à reflexão filosófica.
O conceito, que sustenta o texto filosófico, cumpre o papel de articulação, corte e superposição de sentidos. Sugere sempre uma elaboração e (re)elaboração da compreensão já que a filosofia trata e busca mundos possíveis (compreensões possíveis).
Um conceito filosófico opera sempre uma ruptura, parte em busca de novos modos de dialogar, de afirmar e (re)afirmar. Pode-se dizer então que ele, o conceito filosófico, é sempre reativado.
Reafirmando: o conceito constitui o texto filosófico, permitindo ao filósofo "corrigir-se" e corrigir suas ideias, para constituir sempre novas formulações.
Esta autonomia reside na busca da construção e (re)construção dos sentidos, alcançada a partir de leituras e (re)leituras dos textos filosóficos. Estes cumprem a tarefa de mediadores entre aquilo que o filósofo afirma e o que é inicialmente compreendido.
Sendo assim, temos o que a hermenêutica denomina de "fusão de horizontes".
Eu, que desejo conhecer, a partir de meu horizonte, instauro um diálogo com o horizonte de compreensão do filósofo.
Existe então um aspecto importantíssimo. Essa fusão de horizontes se dá por intermédio dos textos filosóficos. Estes são constituídos a partir de uma base conceitual indispensável à reflexão filosófica.
O conceito, que sustenta o texto filosófico, cumpre o papel de articulação, corte e superposição de sentidos. Sugere sempre uma elaboração e (re)elaboração da compreensão já que a filosofia trata e busca mundos possíveis (compreensões possíveis).
Um conceito filosófico opera sempre uma ruptura, parte em busca de novos modos de dialogar, de afirmar e (re)afirmar. Pode-se dizer então que ele, o conceito filosófico, é sempre reativado.
Reafirmando: o conceito constitui o texto filosófico, permitindo ao filósofo "corrigir-se" e corrigir suas ideias, para constituir sempre novas formulações.
De uma forma geral podemos dizer que a
atitude do filósofo ao redigir um texto vem da:
a)
Consciência filosófica está na insatisfação em possuir um determinado conhecimento fazendo
com que haja um empenho, pelo filósofo, em por procurar uma verdade cada vez
maior;
b)
Para o filósofo não existe um conhecimento absoluto ou definitivo: Por
conseguinte, a consciência do filósofo é uma atitude aberta, crítica,
insatisfeita, à procura de uma verdade a fazer-se. Ludwig Wittgenstein ( filósofo
alemão) afirma que "... a filosofia não é uma doutrina, mas uma atividade".
c)
O filósofo tem ao menos a consciência da
sua ignorância fato que inquientando-o, o impulsiona para a investigação. Como
diz Sócrates: À propósito Sócrates "...só sei que nada sei".
Assim, o ser humano, particularizando o
filósofo, por muito que saiba sempre irá
buscar por novos conhecimento.
Complemento
com o pensamento de Merleau-Ponty quando afirma: "Se nós considerarmos que
a Filosofia é, em primeiro lugar, um trabalho para transformar uma experiência
imediatamente vivida numa experiência compreendida e, portanto, a Filosofia é
um trabalho para transformar uma experiência em um saber a respeito dessa mesma
experiência, o campo da Filosofia é vastíssimo. É o campo de todas as
experiências possíveis."
Para mim, Eneide, a particularidade de toda filosofia (independente da área de sua atuação) está nesta busca constante do homem que faz a praxis filosófica onde através de sua experiencia pessoal busca nos conceitos filosóficos a ressignificação de seus valores e crenças através da materialização de novos paradigmas através da reflexão crítica.
Para mim, Eneide, a particularidade de toda filosofia (independente da área de sua atuação) está nesta busca constante do homem que faz a praxis filosófica onde através de sua experiencia pessoal busca nos conceitos filosóficos a ressignificação de seus valores e crenças através da materialização de novos paradigmas através da reflexão crítica.
Autora: Eneide Pompiani de Moura
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