terça-feira, 18 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Reunião Estelar 11:11:11

Não acredito no acaso!
Para mim TUDO é sincronicidade!
Assim, o fato de estarmos estudando a UNIDADE
em postagens anteriores, para mim,
fica evidente o preparo para este evento que se aproxima
em BUSCA DA UNIDADE CÓSMICA
e o equilibrio do Planeta Terra (Gaya) e de todos o viventes!
Assim, minha amiga Carmen Balhesteiro nos representará como channel for Saint Germain, White Feather, fouder of  PAX - Brasil


A Reunião Estelar  11:11:11 reunirá representantes da Comunidade da LUZ no mundo, aqueles que auxiliam cada um encontrar a UNIDADE, UM SÓ CORAÇÃO, UMA SÓ MENTE.
 
( México, Philippinas, India, Brazil, Canada, Inglaterra, Holanda, Itália,
Hawaii, USA (muitos locais), Tribos Nativas )
 Muitos Curadores da América do Norte e do Sul e muitos conselheiros espirituais de vários continentes estarão presentes.

 
 
 
 
11:11:11 - Cahokia - local sagrado que reúne todas as tribos nativo-americanas ao lado do Rio Mississipi 
( Estados Unidos ) de 10 à 13/ novembro/11.
 
Carmen Balhestero e Clêudio Bueno 
serão palestrantes neste evento especial que reunirá vários índios nativo-americanos e pessoas que compartilham os princípios de UNIDADE e AMOR INCONDICIONAL criando a PAZ E A NOVA IDADE DE OURO na Mãe Terra.
 
Gratidão Eterna ao Grande Espírito por mais esta oportunidade de servir à LUZ.







site oficial do evento - clique em  "more speakers " e  " lectures "  : www.comewalkinbeauty.com
 
 
A energia deste dia 11:11:11 vem se construindo há muitos anos , conforme este momento nos oferece a oportunidade de atravessar o Portal do Amor, uma janela de oportunidade para transcender da terceira dimensão a uma nova evolução de consciência, quando iremos agir como seres multi-dimensionais, honrando  nossa Conexão com tudo o que existe. 


www.carmenbalhestero.com.br       e       www.pax.org.br  

BLOG: http://dopranaaluz.blogspot.com 


domingo, 16 de outubro de 2011

SALMO 104 --- semelhante ao Hino de Akinaton - ATON

Salmos 104

 

 
1. Bendize, ó minha alma, 
ao SENHOR! 
SENHOR Deus meu, 
tu és magnificentíssimo;
estás vestido de glória e de majestade. 

2. Ele se cobre de luz como de um vestido, 
estende os céus como uma cortina. 

3. Põe nas águas as vigas das suas câmaras; 
faz das nuvens o seu carro, 
anda sobre as asas do vento. 

4. Faz dos seus anjos espíritos,
dos seus ministros um fogo abrasador. 

5. Lançou os fundamentos da terra; 
ela não vacilará em tempo algum. 

6. Tu a cobriste com o abismo, 
como com um vestido; 
as águas estavam sobre os montes. 
 
  7. A tua repreensão fugiram; 
à voz do teu trovão se apressaram. 

8. Subiram aos montes, 
desceram aos vales, 
até ao lugar que para elas fundaste. 

9. Termo lhes puseste, 
que não ultrapassarão,
para que não tornem mais a cobrir a terra. 

10. Tu, que fazes sair as fontes nos vales, 
as quais correm entre os montes. 

11. Dão de beber a todo o animal do campo; 
os jumentos monteses matam a sua sede. 

12. Junto delas as aves do céu terão a sua habitação, 
cantando entre os ramos. 

13. Ele rega os montes desde as suas câmaras;
a terra farta-se do fruto das suas obras. 

14. Faz crescer a erva para o gado,
e a verdura para o serviço do homem, 
para fazer sair da terra o pão, 

15. E o vinho que alegra o coração do homem,
e o azeite que faz reluzir o seu rosto, 
e o pão que fortalece o coração do homem. 


16. As árvores do SENHOR fartam-se de seiva, 
os cedros do Líbano que ele plantou, 

17. Onde as aves se aninham; 
quanto à cegonha, a sua casa é nas faias. 


18. Os altos montes são para as cabras monteses, 
e os rochedos são refúgio para os coelhos. 

19. Designou a lua para as estações; 
o sol conhece o seu ocaso. 
 
20. Ordenas a escuridão, 
e faz-se noite, 
na qual saem todos os animais da selva. 

21. Os leõezinhos bramam pela presa, 
e de Deus buscam o seu sustento. 

22. Nasce o sol e logo se acolhem, 
e se deitam nos seus covis. 

23. Então sai o homem à sua obra e ao seu trabalho, até à tarde. 

24. O SENHOR, quão variadas são as tuas obras!
Todas as coisas fizeste com sabedoria; 
cheia está a terra das tuas riquezas. 

25. Assim é este mar grande e muito espaçoso, 
onde há seres sem número, 
animais pequenos e grandes. 

26. Ali andam os navios; 
e o leviatã que formaste para nele folgar. 

27. Todos esperam de ti, 
que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno. 

28. Dando-lho tu, 
eles o recolhem; 
abres a tua mão, 
e se enchem de bens. 

29. Escondes o teu rosto,
e ficam perturbados; 
se lhes tiras o fôlego,
morrem, e voltam para o seu pó. 

30. Envias o teu Espírito, 
e são criados, 
e assim renovas a face da terra. 

31. A glória do SENHOR durará para sempre; 
o SENHOR se alegrará nas suas obras. 

32. Olhando ele para a terra, 
ela treme;
tocando nos montes, 
logo fumegam. 

33. Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; 
cantarei louvores ao meu Deus, 
enquanto eu tiver existência. 

34. A minha meditação acerca dele será suave; 
eu me alegrarei no SENHOR. 

35. Desapareçam da terra os pecadores, 
e os ímpios não sejam mais.
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR. 
Louvai ao SENHOR. 


Põe nas águas as vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento.
Salmos 104:3
Põe nas águas as vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento.

Faz dos seus anjos espíritos, dos seus ministros um fogo abrasador.

Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum.

Tu a cobriste com o abismo, como com um vestido; as águas estavam sobre os montes.

Å tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão se apressaram.

Subiram aos montes, desceram aos vales, até ao lugar que para elas fundaste.

Termo lhes puseste, que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra.

Tu, que fazes sair as fontes nos vales, as quais correm entre os montes.

Dão de beber a todo o animal do campo; os jumentos monteses matam a sua sede.

Junto delas as aves do céu terão a sua habitação, cantando entre os ramos.

Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras.

Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão,

E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem.

As árvores do SENHOR fartam-se de seiva, os cedros do Líbano que ele plantou,

Onde as aves se aninham; quanto à cegonha, a sua casa é nas faias.

Os altos montes são para as cabras monteses, e os rochedos são refúgio para os coelhos.

Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso.

Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem todos os animais da selva.

Os leõezinhos bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento.

Nasce o sol e logo se acolhem, e se deitam nos seus covis.

Então sai o homem à sua obra e ao seu trabalho, até à tarde.

O SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.

Assim é este mar grande e muito espaçoso, onde há seres sem número, animais pequenos e grandes.

Ali andam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar.

Todos esperam de ti, que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno.

Dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e se enchem de bens.

Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras o fôlego, morrem, e voltam para o seu pó.

Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.

A glória do SENHOR durará para sempre; o SENHOR se alegrará nas suas obras.

Olhando ele para a terra, ela treme; tocando nos montes, logo fumegam.

Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu tiver existência.

A minha meditação acerca dele será suave; eu me alegrarei no SENHOR.

Desapareçam da terra os pecadores, e os ímpios não sejam mais. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.
Salmos 104:3-35
Põe nas águas as vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento.
Salmos 104:3





O UNO - ATON - Faraó Akinaton



Akinaton e o Hino Disco Solar




O Sol sempre esteve presente na vida da antiga civilização egípcia
e muitos deuses possuíam algum aspecto solar:
Aton 
era o deus que representava o disco solar no firmamento. 
 No sexto ano do reinado do faraó Akhenaton 
ele instituiu o culto único a Aton,
monoteísmo egipsio.
Akhenaton escreveu um hino no qual proclamava a grandeza do Sol 
como criador de todas as coisas, 
e a igualdade entre todos os homens

A semelhança desse hino com o Salmo 104, do Antigo Testamento
faz pensar que ambas as religiões compartilharam as suas idéias em um momento sincrético.

O Hino a Aton 
foi encontrado escrito nas paredes de vários túmulos de funcionários de Akhenaton, 
na nova capital fundada pelo faraó na atual Tell el-Amarna
A cópia mais completa foi descoberta no túmulo de Ay
funcionário de Akhenaton e sucessor de Tutankhamon como rei.

Assim como o disco solar,
o templo dedicado a Aton era aberto, 
com um grande pátio onde recebia os raios solares. 
A construção do templo foi inovadora, 
pois utilizaram-se os talatat
blocos de pedra que podiam ser transportados por um homem sozinho. 

O reinado de Akhenaton (1364 - 1347 a.C.) 
provocou uma mudança na concepção do mundo egípcio
E ainda é perpetuado pela Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC)
(Site: http://www.amorc.org.br)



O HINO A ATON


"Apareces cheio de beleza no horizonte do céu, disco vivo que iniciaste a vida.
Enquanto te levantaste no horizonte oriental, encheste cada país da tua perfeição. És formoso, grande, brilhante, alto em cima do teu universo.
Teus raios alcançam os países até ao extremo de tudo o que criaste.
Porque és Sol, conquistaste-os até aos seus extremos, atando-os para teu filho amado. Por longe que estejas, teus raios tocam a terra.
Estás diante dos nossos olhos, mas o teu caminho continua a ser-nos desconhecido. Quando te pões, no horizonte ocidental, o universo fica submerso nas trevas, como morto. Os homens dormem nos quartos, com a cabeça envolta, nenhum deles podendo ver seu írmão...

Mas na aurora, enquanto te levantas sobre o horizonte, e brilhas, disco solar, ao longo da tua jornada, rompes as trevas emitindo teus raios...
Se te levantas, vive-se; se te pões, morre-se. Tu és a duração da própria vida; vive-se de ti.
Os olhos contemplam, sem cessar, tua perfeição, até o acaso; todo o trabalho pára quanto te pões no Ocidente.
Enquanto te levantas, fazes crescer todas as coisas para o rei, e a pressa apodera-se de todos desde que organizaste o universo, e fizeste com que surgisse para teu filho, saído da tua pessoa, o rei do Alto e do Baixo Egito, que vive de verdade, o Senhor do Duplo País, Neferkheperuré Uaenré, filho de Rá, que vive de verdade, Senhor das coroas, Akhenaton.
Que seja grande a duração de sua vida! e à sua grande esposa que o ama, a dama do Duplo País, Neferneferuaton Nefertiti, que lhe seja dado viver e rejuvenescer para sempre, eternamente.”


Hino a ATON

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Espaço de Luz Divina:  SaLuSa, October 12, 20111. Não há dúvida que os...

Espaço de Luz Divina:
SaLuSa, October 12, 2011
1. Não há dúvida que os...
: SaLuSa, October 12, 2011 1. Não há dúvida que os vossos poderes criativos, que são extremamente poderosos, estão a abrir caminho para a A...

Noção de DESVELAMENTO no pensamento grego.

Resumo de Eneide Pompiani de Moura
do texo original da Disciplina "O modo de conceber e fazer filosofia de alguns pensadores medievas".
Curso de Pós-Graduação em Filosofia da Existencia
 Universidade Católica de Brasilia - 2011

O pensamento grego organizou-se a partir da noção de desvelamento.

Segundo os gregos, o conhecimento é um caminho ascencional,
no fim do qual o
filósofo, talcomo o místico, 
“deve conseguir contemplar a verdade face a face e acabar por se
identificar com a própria divindade”
(Brun, 1991, 106). 
Em Platão e Aristóteles
É o homem que se eleva para Deus e o faz sem necessidade de
nenhum intermediário. 
No cristianismo, ao contrário, a transcendência de Deus é constantemente mantida. 
Trata-se do Deus escondido.
Não é o homem que sobe em direção a Deus, 
mas é Deus que desce para o homem,
por meio da Revelação 
que nada tem a ver com o desvelamento do entendimento grego.

Há igualmente duas concepções diferentes de Amor. 
De Platão a Plotino, 
o amor é o desejo que se liga às qualidades do indivíduo, 
como efêmero e inconsciente depositário. 
Na obra de Platão "O Banquete"
é dito que amamos alguém por sua beleza ou inteligência;
esse amor abole a distância entre Deus e o homem. 
O eros grego, deste modo, não tem nada a ver com o ágape cristão, 
pois o eros é essencialmente desencarnado, visto que não se dirige à pessoa, mas só às qualidades que essa possui. 
No cristianismo, ao contrário, diz Brun, amar não tem nada a ver com o desejo pelo qual
Deus move o mundo (como o Primeiro Motor de Aristóteles), pois Deus se despoja de si mesmo a
ponto de fazer-se homem.   Deus liga-se à própria pessoa e sua condição trágica. 
Ágape, grego,  é um amor gratuito, um amor dádiva.

Na filosofia grega fala-se de indivíduos que fazem parte de um Todo
e ficam à disposição deste Todo ou Natureza que engloba as causas e efeitos, ou da cidade ou destino que os submete a suas leis. 
No cristianismo, ao contrário, se fala das pessoas. 
Kierkegaard acentua que no cristianismo a Pessoa está num plano superior à espécie (a parábola do bom pastor revela bem isso). 
A pessoa é sagrada, imagem de Deus. 
Essa mesma oposição pode ser estendida ao corpo helenista e à carne cristã.

A filosofia do helenismo é filosofia da imanência 
que se enraíza no ‘conhece-te a ti mesmo’ de Sócrates. 
É em si próprio que o homem pode encontrar as raízes do conhecimento 
que o leva até o supremo desvelamento. 
É por isso que Plotino diz que a salvação 
já está presente no interior da alma humana, 
bastando que se tome consciência disso. 
O conhecimento de ti mesmo remete
à reminiscência que permite anular a queda e restituir à alma as asas que havia perdido.

No cristianismo, pelo contrário, o que encontramos em nós são apenas trevas. 
O homem procura Deus, mas é Deus que encontra o homem caído. 
A Revelação e a graça trazem uma luz 
que ele é incapaz de desvendar por suas próprias forças.

De Sócrates a Plotino estamos diante de uma filosofia intelectualista da salvação. 
Sócrates não se cansa de repetir:
‘ninguém é mau voluntariamente’; 
para Sócrates, o mau só se afasta do bem porque o ignora. 
Recusa qualquer idéia de mal radical. 
Para os gregos não há forças misteriosas do mal.  
Para os cristãos, em contrapartida, o mal é algo radical e misterioso, pois faço o mal que
não quero, como dizia São Paulo.

Em conclusão, no helenismo a verdade está no homem
se ele a esqueceu, pode reencontrá-la
com suas próprias forças. 
Para o cristianismo, contudo, há, de um lado, 
a proximidade do homem à verdade, 
pois foi criado à imagem de Deus; 
e, de outro,
uma distância do homem à mesma,
por causa da queda do pecado original. 
Essas forças antagônicas 
o homem sozinho não pode vencer; 
a salvação só é possível pela graça. 
Não se fala, no cristianismo, 
nem de conhecimento
nem de iniciação aos mistérios; 
fala-se do Mediador que é Redentor.


Proclo de Constantinopla aprofunda a Metafisica de Plotino...

 
Resumo de Eneide Pompiani de Moura
do texo original da Disciplina "O modo de conceber e fazer filosofia de alguns pensadores medievas".
Curso de Pós-Graduação em Filosofia da Existencia
Universidade Católica de Brasilia - 2011 
É oportuno lembrar que o termo ‘Teologia’ dentro da filosofia grega tem um sentido muito diverso do sentido dado pelos cristãos. Teologia, para os gregos, é o estudo do ser ou realidade última (metafísica ou ontologia) que funda ou unifica a diversidade dos entes.



Proclo aprofunda a Metafísica de Plotino particularmente quanto:
a) lei ontológica, que governa a geração de todas as coisas;
b) lei ‘ternária’, que explica a constituição ontológica de tudo o que existe.

A primeira lei - que governa ontologicamente a processão de todos os entes 
- explica esse movimento como circular, que se dá em três momentos concomitantes:
  • A ‘manência’ (moné, em grego) - a permanência do princípio produtor em si mesmo, ou seja, o princípio último de unidade - o Uno permanece em si quando da produção dos entes; ele não perde nada com o movimento da processão.
  • A ‘processão’ (próodos, em grego) - que é o movimento de saída e produção - a partir da causa última - da Inteligência, da Alma cósmica, das almas individuais e dos corpos materiais.
  • O ‘retorno’ ou a ‘conversão’ (epistrophé, em grego) - ou seja, a reunião ou volta ao princípio derradeiro.

Segundo Reale, 2003, vol. 1, 366; esta lei expressa o próprio ritmo da realidade em sua totalidade. O UNO produz por causa “de sua perfeição e superabundância de poder”, segundo um processo triádico que é circular e concomitantes. Temos:
1)      Todo ente produtivo permanece como é, por causa desse seu permanecer imóvel e irredutível, produz.
2)      A ‘processão’ é o resultado da multiplicação que o produtor faz de si mesmo, em virtude de sua própria potência.
3)      Conseqüentemente, as coisas derivadas têm afinidade estrutural com suas causas; ademais, aspiram a manter-se em contato com elas e, portanto, a ‘retornar’ a elas. Por isso, as hipóstases nascem por razão de semelhança e não por razão de dessemelhança.

A segunda lei determina a constituição ontológica de todos os entes.
Não importa se é um ente sensível ou supra-sensível, todo ente é constituído por três elementos fundamentais:
o limite (peras) e
o ilimite ou infinito (apeíron)
e a mistura do o limite (peras) e  o ilimite ou infinito (apeíron).

A lei do ternário
(que consiste que todo ser 
todo ente constituído 
pelo limite, pelo ilimite e pela diferente mistura dos dois) 
 está presente em TUDO que existe.


CONCLUINDO:
Tanto para Plotino como para Proclo  a causa última está toda a realidade - só tem sentido à medida que seu reconhecimento permite à alma, com o auxilio da razão filosófica, a voltar-se a si mesma e aí realizar sua própria salvação, libertando-se da obscuridade e amarras dos sentidos e optando livremente a ser o que ela sempre foi: unida a sua origem, o Uno.


Processão no Neoplatonismo



No neoplatonismo esse termo, 
que significa proveniência,
é usado a fim de mostrar 
como todos os entes têm sua fonte no Uno. 
 Dele tudo procede e,
ao mesmo tempo,
para ele tudo retorna 
num movimento único circular.





Fraternidade Branca
Presença divina "Eu Sou"


Obs - Isto não te parece familiar?...
As Escolas de Mistério tinham este referencial de verdade!
Hoje na Ordem Rosa Cruz, Fraternidade Rosa Cruz, Fraternidade Branca,Kardecismo
Induismo, Budismo... Cabala dos Judeus... comungam o mesmo entendimento.
Embora, a sua linguagem seja diferente,
mais a essencia é a mesma.

Arvore da Vida
Kabbalah






Mahadev Shiva


PAZ PROFUNDA!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Interpretação do UNO segundo PLOTINO

Resumo de Eneide Pompiani de Moura
do texo original da Disciplina "O modo de conceber e fazer filosofia de alguns pensadores medievas".
Curso de Pós-Graduação em Filosofia da Existencia
Universidade Católica de Brasilia - 2011 

(Enneade V, 2, 1- 2)
“o Uno é todas as coisas e não é nenhuma delas;
princípio de todas as coisas, 
ele não é todas as coisas, 
pois todas as coisas são o Primeiro 
e não são o Primeiro 
porque este permanece em si próprio, dando-lhe a existência”. 
 Assim, como diz Brun:
A processão põe-nos, portanto, em presença de um monismo que não é
verdadeiramente uno e de um pluralismo que também não é verdadeiramente
múltiplo; é aí que reside o fundo e originalidade do plotinismo que é,
simultaneamente, uma filosofia da continuidade e uma filosofia da
descontinuidade. (Brun, 1991, 44)


Depois de ter examinado o Uno a partir do mundo sensível múltiplo, 
é essencial investigar agora como se
dá o movimento de produção da multiplicidade a partir do Uno.
Examinemos, então, as três hipóstases,
com vistas a entender como essa processão e interdependência se instaura.

A preocupação de Plotino está ligada ao fato de que as almas, por terem caído na matéria, perderam-se
nelas e esqueceram de sua proveniência, correndo em sentido contrário a Deus 
(Plotinus. Enneade VI, 1,1); por isso, a tarefa do filósofo 
é estabelecer como a realidade – inclusive as almas individuais e os
corpos materiais - provém do Uno e a ele retorna, sem negar a diversidade.

O Uno, a partir do qual tudo de processa, 
é superabundância de vida e 
- permanecendo em si mesmo,
sem perder nada de sua vida -
é totalmente transcendente; 
a razão que trabalha por raciocínios 
não tem acesso a ele, 
pois o Uno está acima do Ser; 
ele - a que damos o nome de Uno, 
mas que não tem nome -
dá o ser a tudo que existe. 
Para falar dele 
só o podemos por imagens ou metáforas: 
o fogo que
necessariamente irradia calor, 
o perfume que exala fragrância, 
o sol que esparge raios de luzes sem nada
perder dele mesmo, 
como a mãe que, ao gerar o filho, 
dá nova vida permanecendo intacta, 
ou como a vela acesa, 
na qual se acende outra vela, sem diminuir a intensidade de sua luz.

Como vimos,
do Uno procede,
em primeiro lugar, 
a Inteligência, 
que se identifica com o conhecimento do
mundo da Idéias.
Ela depende só do Uno e a ele contempla.
Portanto, ela não é mais totalmente una,

pois se duplica na contemplação do uno 
e se multiplica no conhecimento de suas idéias.
O Uno é totalmente um;
mas a Inteligência, por não ser totalmente una,
Plotino diz que ela é ‘um e muitos’.

Da inteligência procede a Alma:
a alma do mundo 
e as almas individuais. 
A Alma cósmica 
tem menos unidade que a Inteligência,
pois contempla o Uno,
as múltiplas Idéias da Inteligência 
e os múltiplos corpos do mundo sensível
aos quais ela dá existência enquanto é sua forma. 
Assim, a Alma, como a Inteligência,
é um e muitos.
Os corpos materiais, ao contrário, são muitos, 
pois sem a forma das almas
são pura multiplicidade.

A Inteligência é o primeiro ato do Bem, o primeiro ser. O Bem permanece em
si próprio; ele age tal como vive circulanndo à volta dele. Fora da Inteligência
e em seu torno circula a Alma; olha para a Inteligência e, ao contemplá-la até
à sua intimidade, vê por ela o Deus supremo. (Plotinus. Enneade I, 8,2)
Há em primeiro lugar o Uno, que está para lá do ser [...], depois, a seguir a
ele, o Ser e a Inteligência e, em terceiro lugar, a natureza da Alma. (Plotinus.
Enneade VI, 1,10)

Essas três hipóstases fazem parte da natureza das coisas, elas também estão presentes em nós, diz
Plotino, enquanto somos almas espirituais, exteriores ao elemento sensível. Aliás, as almas individuais
estão intimamente unidas à Alma do mundo. Por isso, se estamos perdidos no meio do mundo sensível e nos esquecermos de nossa origem, não é preciso sair de nós mesmos para encontrar nossa origem (Deusou o Uno), basta entrar no íntimo de nós mesmos e lá encontraremos nossa união essencial à Alma, ao Espírito e ao Uno.

Assim sendo, a salvação do homem não é uma fuga de si mesmo para buscar algo que está fora de nosso ser: desde sempre estamos unidos ao Uno, pois só existimos graças a essa proveniência divina;
devemos, pois, tomar consciência desse processo circular de saída e volta à nossa origem. Nossa
salvação consiste em esvaziar-nos de tudo o que é material – normalmente a alma se perde fascinada
pela beleza das coisas materiais - a fim de unir-nos consciente e livremente a Deus. 
Podemos viver essa união com Deus, já aqui na terra, através do método extático, entre outros. Literalmente, ‘extase’ significa sair para fora de nós mesmos (como sempre entenderam os místicos cristãos); em Plotino, ao contrário, significa sair de nossa dispersão e miragem exteriores e voltar-se para dentro de nós mesmos com vistas a sermos o que desde sempre somos: nossa existência, como a dos outros entes, só se dá enquanto fundada na Causa última que é Deus uno, que dá forma e vida a tudo o que é real.

À medida que a matéria é como o esvaziamento ou esgotamento dessa super-abundância de vida e força
que parte do Uno, passando pela Inteligência e Alma cósmica no do movimento da processão, ela é
multiplicidade e, assim, não tendo unidade, não tem mais ser nem bem. 
E, à medida que é destituída de ser e bem, é um mal. Daí que se torna importante a missão do homem enquanto encarnado num corpo: conduzir, não só sua alma, mas todas as coisas materiais à Fonte originária de onde tudo proveio e para onde tudo retorna nesse movimento circular de processão.

Desta forma, para Plotino, como para Platão, a essência do homem é a alma. 
Mas ela tem uma dupla tarefa: de um lado, ela deve esvaziar-se de tudo o que é material para, em sua espiritualidade, poder unir-se a Deus, que está além de todo ser e razão; de outro lado, contudo, as almas individuais, à medida que são unidas à única Alma que dá forma e existência a todos os corpos do universo, aparecem como mediadoras entre as hipósteses unas e a matéria múltipla, tornam-se responsáveis pela reintegração dos corpos materiais nesse perpétuo movimento de saída e retorno ao Uno, causa última que dá vida e existência a tudo.



Referencia bibliografica:
LIBERA, Alain de. A filosofia medieval. Tradução Nicolas Nyimi Campanário e Yvone Maria de Campos
Teixeira da Silva. São Paulo: Loyola, 1998. 532p.
Pensar na Idade Média. Tradução Paulo Neves. São Paulo: Edição 34, 1999. 356p.
PLOTINO. Tratados das Enéadas. (Apenas 12 dos 54 tratados). Trad de Américo Sommerman. São
Paulo: Polar Editorial, 2000. 188p.
PLOTINUS. The six Enneads. Chicago: The University of Chicago, 1952 (By Encyclopaedia Britannica).