sábado, 19 de maio de 2012

Como estudar Filsofia - Parte III


Texto de Eneide Pompiani de Moura sobre o tema “Como se estuda Filosofia” baseado no fórum de discussão da disciplina "Metodologia de Pesquisa em Filosofia" do curso de Pós-graduação em Filosofia da Existência - Universidade Católica de Brasília - Polo: São Paulo, coordenado pelo Prof Vicente Sergio Brasil Fernandes (maio/2012).

          
            
          Outro ponto para se estudar filosofia está na questão histórica do pensamento.

          O estudo da filosofia deve passar pelo estudo da história da filosofia. Não obrigatoriamente no sentido da dialética de Hegel, mas como necessidade, em um primeiro momento, do estudante de filosofia, especificamente o iniciante, de abarcar a evolução do pensamento e o que o condiciona, como o momento histórico geral vigente em variados campos de ação humanos, o que acaba por vezes determinando uma corrente filosófica. Nesse sentido, o pensamento filosófico é muitas das vezes válido somente naquele contexto em que se situa. 

            É através da histórica da filosofia que o aluno possa adentrar e aprofundar a noção dos conceitos filosóficos, que permeará todo o seu estudo posterior, quando voltado diretamente aos textos filosóficos propriamente ditos. 

            Marilena Chauí acredita que a filosofia é como se fosse uma experiência de reflexão em relação à reflexão de uma experiência. 

            Lembrando que qualquer estudo, incluindo a filosofia, vem a necessidade de conhecimento. 

            Mas, de onde vem a necessidade de conhecimento daquele que sabe apenas que não sabe? Talvez a resposta esteja ligada ao próprio fato desse sujeito não saber e ter consciência disso, o que é uma condição humana. Assim o estudo da filosofia é a tentativa possível de se alcançar determinado conhecimento, o qual, no entanto, fica restrito e particularizado ao ser humano.

            É sabido que a filosofia não é um conhecimento acabado, mas uma procura, um interesse pelo saber. Assim, uma das primordiais condições de possibilidade de toda a atividade que pode ser designada como filosófica e um dos mais importantes critérios para avaliar da justeza do atributo "filosófico" é justamente a convicção profunda daquele que filosofa por saber não possuir uma verdade ou um saber inquestionavel. Aliás, como dizia, K. Jaspers, de que não é tanto a posse, mas a procura da verdade ou do saber o que caracteriza a filosofia e a atividade correspondente. 

autora: Eneide Pompiani de Moura

quinta-feira, 17 de maio de 2012

REVOLUÇÃO DA ALMA - ARISTÓTELES


Aristóteles, filósofo grego, escreveu este texto no ano 360 A.C.


"Ninguém é dono da sua felicidade, 
por isso não entregues a tua alegria, 
 a tua paz, a tua vida, 
nas mãos de ninguém, absolutamente de ninguém. 


Somos livres, 
não pertencemos a ninguém 
e não podemos querer ser donos 
 dos desejos, da vontade ou dos sonhos 
de quem quer que seja.

A razão da tua vida és tu mesmo. 

A tua paz interior é a tua meta de vida. 

Quando sentires um vazio na alma, 
quando acreditares que ainda está 
 faltando algo,
 mesmo tendo tudo, 
remete o teu pensamento
 para os teus  desejos mais íntimos 
e busca a divindade que existe em ti.

 Pára de colocar a tua felicidade, 
cada dia, mais distante de ti.

A razão da tua vida és tu mesmo. 

A tua paz interior é a tua meta de vida. 

Não coloques objetivos longe demais de tuas mãos, 
abraça os que estão ao 
 teu alcance, hoje. 

Se andas desesperado por problemas 
financeiros, amorosos  ou de relacionamentos familiares,
 busca no teu interior 
a resposta para te acalmares, 
tu és o reflexo do que pensas diariamente.

 Pára de pensar mal de ti mesmo
 e sê teu melhor amigo sempre. 

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. 
Então, abre um sorriso para aprovar 
 o mundo que te quer oferecer o melhor.

Com um sorriso no rosto, 
as pessoas terão as melhores impressões de ti
 e tu estarás afirmando para ti mesmo, 
que estás “pronto“ para seres feliz.

Trabalha, trabalha muito a teu favor.

Pára de esperar a felicidade sem esforços.

Pára de exigir das pessoas, aquilo que nem tu conquistaste, ainda.

Critica menos, trabalha mais.

E não te esqueças, nunca, de agradecer.

Agradece tudo que está na tua vida neste momento, 
inclusive a dor.

A nossa compreensão do universo, 
ainda é muito pequena para julgar o que 
 quer que seja na nossa vida."

AUTOR: ARISTÓTELES (obra: Revolução da Alma)


Comentário de Eneide Pompiani de Moura
Aristóteles nos mostra neste texto a grandiosidade das atitudes
e o seu reflexo na vida diária.
Conceitos muito atuais hoje, já foram trabalhados por Aristóteles
na responsabilização de nossas atitudes e o seu reflexo na vida diária.
A Felicidade como algo possivel centro no Ser e não no Outro
é outro ponto importante destacado neste texto por Aristóteles.

Em minha opinião, este texto, da filosofia antiga, 
traz ensinamentos que devem ser aplicados nos dias de hoje.
(autora: Eneide Pompiani de Moura)

Como se estuda filosofia - Parte II



Texto de Eneide Pompiani de Moura sobre o tema “Como se estuda Filosofia” baseado no fórum de discussão da disciplina "Metodologia de Pesquisa em Filosofia" do curso de Pós-graduação em Filosofia da Existência - Universidade Católica de Brasilia - Polo: São Paulo, coordenado pelo Prof Vicente Sergio Brasil Fernandes (maio/2012).


                                         
             Para se estudar Filosofia devemos lembrar que:

            O estudo da disciplina Filosofia é semelhante como qualquer outra matéria, ou seja, com algum esforço, algum prazer, alguma disciplina. A organização no estudo é fundamental para que os conhecimentos não apareçam dispersos, desligados uns dos outros e, sobretudo, de nós próprios. Só uma boa organização no estudo permite uma boa compreensão e assimilação dos conteúdos estudados.

            Como particularidade no estudo dos textos filosóficos é importante ter o registro dos textos estudados. Seja manuscrito ou digitado, as informações básicas de referencia bibliográfica com as citações e comentários pessoais são importantes formas de agilizar o processo de planejamento de um projeto de pesquisa filosófico e posteriormente a sua realização. Um bom dicionário de filosofia ajudará a busca de padronizações de termos e conceitos filosóficos evitando os viés linguísticos de interpretação, bem como a contextualização histórica que um termo ou conceito foi empregado e a sua adequação para a interpretação do texto filosófico.
            Mas como se estuda filosofia? Pode até parecer uma resposta simples.... , tendo como resposta rápida... como se estuda qualquer outra disciplina, como dito anteriormente.
            Mas será que é tão simples assim?

            Será que ao ler um texto filosófico, aquele que o lê consegue contextualiza-lo no tempo e espaço que foi escrito? Será que aquele que o lê não o interpreta como um dogma?

            Será que aquele que o lê entende ser a filosofia só mais uma disciplina a ser decorada? E a pergunta mortal.... prá que estudar filosofia se não cai no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio Brasileiro)?

            Estas questões foram levantadas na época que eu estagiava na graduação de licenciatura em filosofia há 2 anos (2010) em um colégio público. E estas constatações não se restringia a faixa etária, era uma realidade comum do curso tanto no nível médio tradicional como no EJA (Ensino jovem e adulto – curso noturno para os alunos com mais de 18 anos de idade).

            Como então fomentar o desejo ao estudo filosófico para este grupo de alunos? Ou seria privilégio somente daqueles que buscam uma autonomia no aprendizado filosófico através das várias leituras sistematizadas que podem ou não serem guiadas por um professor de filosofia?
             
             Estudar filosofia é muito mais!

            Estudar filosofia vem da busca de respostas singulares ao seu modo de viver hoje, através de um processo reflexivo crítico, onde os textos filosóficos contribuem ativamente para estas “descobertas” pessoais. Os textos filosóficos possibilitam ao estudante de filosofia reconstruir e construir a sua realidade, num processo dinâmico entre aquilo que o filósofo afirma e o que é compreendido por aquele que o lê. 

            A importância do professor de filosofia é esclarecer ao estudante de filosofia as suas interpretações suscitadas por ele (aluno) e a adequação das interpretações. O professor de filosofia, como profissional habilitado as correções dos viés de interpretação, poderá ser o mediador entre a interpretação contextualizada de um texto filosófico e o desenvolvimento do pensamento crítico, reflexivo que o aluno deverá desenvolver mostrando que a práxis filosófica vai além das argumentações dos textos filosóficos clássicos mais uma aplicação na vida diária de todos nós, havendo assim a hermeneutica chamada “fusão de horizontes”. Como diz o Prof Vicente: Sou ”Eu, que desejo conhecer, a partir de meu horizonte, instauro num diálogo com o horizonte de compreensão do filósofo.” “Essa fusão de horizontes se dá por intermédio dos textos filosóficos. Estes são constituídos a partir de uma base conceitual indispensável à reflexão filosófica”.

            Assim, ao responder a pergunta “Como se estuda filosofia?”, embora a autonomia do aluno é essencial, cabe ao professor de filosofia apresentar os conceitos e contextualização dos textos filosóficos, para que ambos construam um pensamento com atos filosóficos onde a práxis faz parte do dia-a-dia de todos nós.

            Assim, estudar filosofia é um desafio onde não existe um modelo ou uma metodologia pré-estabelecida, pois, muitas são as variáveis onde o despertar para o estudo filosófico dependerá de todos os atores envolvidos.


Autora: Eneide Pompiani de Moura

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Como se estuda filosofia? Parte I


Texto de Eneide Pompiani de Moura sobre o tema “Como se estuda Filosofia?” baseado no fórum de discussão da disciplina "Metodologia de Pesquisa em Filosofia" do curso de Pós-graduação em Filosofia da Existência, coordenado pelo Prof Vicente Sergio Brasil Fernandes (maio/2012).


               Segundo o Prof. Vicente, esta pergunta se faz sempre presente naquele que deseja buscar a compreensão filosófica. Desde já sabemos que a resposta a ela não é tão simples de se alcançar.
            Primeiramente podemos dizer que é o estudante quem vai descobrir isso, após sistemáticas e repetidas leituras. Afinal, o papel do professor não é entregar tudo facilmente para ele. Aliás, em se tratando de filosofia, a função do professor é fomentar e assegurar ao aluno uma autonomia cada vez maior.
            Esta autonomia reside na busca da construção e (re)construção dos sentidos, alcançada a partir de leituras e (re)leituras dos textos filosóficos. Estes cumprem a tarefa de mediadores entre aquilo que o filósofo afirma e o que é inicialmente compreendido.
            Sendo assim, temos o que a hermenêutica denomina de "fusão de horizontes".
Eu, que desejo conhecer, a partir de meu horizonte, instauro um diálogo com o horizonte de compreensão do filósofo.
            Existe então um aspecto importantíssimo. Essa fusão de horizontes se dá por intermédio dos textos filosóficos. Estes são constituídos a partir de uma base conceitual indispensável à reflexão filosófica.
            O conceito, que sustenta o texto filosófico, cumpre o papel de articulação, corte e superposição de sentidos. Sugere sempre uma elaboração e (re)elaboração da compreensão já que a filosofia trata e busca mundos possíveis (compreensões possíveis).
            Um conceito filosófico opera sempre uma ruptura, parte em busca de novos modos de dialogar, de afirmar e (re)afirmar. Pode-se dizer então que ele, o conceito filosófico, é sempre reativado.
            Reafirmando: o conceito constitui o texto filosófico, permitindo ao filósofo "corrigir-se" e corrigir suas ideias, para constituir sempre novas formulações.
            De uma forma geral podemos dizer que a atitude do filósofo ao redigir um texto vem da:
a) Consciência filosófica está na insatisfação em  possuir um determinado conhecimento fazendo com que haja um empenho, pelo filósofo, em por procurar uma verdade cada vez maior;
b) Para o filósofo não existe um conhecimento absoluto ou definitivo: Por conseguinte, a consciência do filósofo é uma atitude aberta, crítica, insatisfeita, à procura de uma verdade a fazer-se. Ludwig Wittgenstein ( filósofo alemão) afirma que "... a filosofia não é uma doutrina, mas uma atividade".
c)  O filósofo tem ao menos a consciência da sua ignorância fato que inquientando-o, o impulsiona para a investigação. Como diz Sócrates: À propósito Sócrates "...só sei que nada sei".
            Assim,  o ser humano, particularizando o filósofo,  por muito que saiba sempre irá  buscar por novos conhecimento.
     Complemento com o pensamento de Merleau-Ponty quando afirma: "Se nós considerarmos que a Filosofia é, em primeiro lugar, um trabalho para transformar uma experiência imediatamente vivida numa experiência compreendida e, portanto, a Filosofia é um trabalho para transformar uma experiência em um saber a respeito dessa mesma experiência, o campo da Filosofia é vastíssimo. É o campo de todas as experiências possíveis."

            Para mim, Eneide, a particularidade de toda filosofia (independente da área de sua atuação) está nesta busca constante do homem que faz a praxis filosófica onde através de sua experiencia pessoal busca nos conceitos filosóficos a ressignificação de seus valores e crenças através da materialização de novos paradigmas através da reflexão crítica.

Autora: Eneide Pompiani de Moura

sexta-feira, 11 de maio de 2012

HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES - 13 de maio 2012


AOS AMIGOS DO BLOG
OLHAR FILOSÓFICO
HOMENAGEM AS SUAS MÃES!
como também para 
todas as Mães que participam
 deste Blog!



Desejo que a LUZ-VIDA-AMOR
esteja sempre presente com suas mães
e em voce mamãe!


SEGUE UMA IMAGEM DE UMA SUPER MÃE CURUJA...
(a qual eu me incluo com dois curujinhas - meus filhos - Thalita e Marcos
e as outras curujinhas são aqueles que não foram gerados por mim mais estão
agregados como "filhos" por esta SUPER MÃE CURUJA!)







MÃE...
AQUELA QUE SABE ACOLHER
NÃO SOMENTE OS FILHOS GERADOS
MAIS TAMBÉM OS FILHOS DE CORAÇÃO!
Paz Profunda
(autora: Eneide Pompiani de Moura)


domingo, 6 de maio de 2012

Lua Cheia em SAMPA - 6 maio 2012


Lua Cheia de Wesak
Dia 6 de maio 2012 às 00h35 (na noite de sábado para domingo).

COMPARTILHO  as fotos que tirei

Lua Cheia de Wesak
6 maio 2012
São Paulo/SP - Brasil


(Leia a postagem anterior que explica o Mito de Wesak)






sábado, 5 de maio de 2012

LENDA DE WESAK

(Tradução do texto: “versión libre de varios autores: Alice A. Bailey, Torkom Saraydariam, C.W. Leadbeater” encontrado no site www.sabiduriarcana.org )



O sonho, lenda ou acontecimento pode ser descrito da seguinte forma:
Existe um vale, situado ao pé do Himalaia tibetano, numa altitude bem elevada, rodeado por montanhas, exceto na face nordeste, onde existe uma abertura estreita. Esse vale tem a forma de uma garrafa, com o gargalo voltado para nordeste, abrindo-se para o sul. No extremo norte, perto da abertura, há uma grande rocha plana. As encostas das montanhas estão cobertas de árvores, mas no vale não há árvores nem arbustos – ele está coberto por um tapete de pasto duro.

No momento do Plenilúnio de Touro, começam a chegar peregrinos, homens santos e lamas, que vão ocupando a parte sul e central, deixando o extremo nordeste relativamente livre. Ali, segundo diz a lenda, se congrega um grupo de Grandes Seres que são os custódios, na Terra, do Plano de Deus para o nosso planeta e para a humanidade. Com sua sabedoria, amor e conhecimento, formam uma muralha protetora para a nossa raça, tratando de guiar-nos da escuridão para a luz, do irreal para o real, e da morte para a imortalidade. Este grupo de conhecedores da divindade se coloca nos limites do vale, em círculos concêntricos, de acordo com o grau de desenvolvimento iniciático, preparando-se para um grande Ato de Serviço.

Diante da rocha e voltados para nordeste, se encontram – em níveis etéricos – os Seres chamados “Os Três Grandes Senhores”: o Cristo, que se situa no centro; o Senhor das formas viventes, o Manú, que se situa à direita; e o Senhor da Civilização, o Mestre Rakoczi, que se encontra à esquerda. Sobre a rocha descansa um vaso de cristal cheio de água.

Atrás do grupo de Mestres, Adeptos, iniciados e trabalhadores adiantados no Plano de Deus, se situam os discípulos e aspirantes do mundo, em seus diversos graus e grupos – aqueles que, nesta época, constituem o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Alguns estão presentes em corpo físico e chegam por meios comuns; outros estão presentes em seus corpos espirituais e em estado de sonho.

Ao se aproximar o momento da Lua Cheia, produz-se uma grande quietude entre a multidão e todos voltam o olhar para o nordeste. A um sinal dado, os Grandes Seres formam três círculos concêntricos e começam a cantar. Quando o cântico se aprofunda e ganha mais ritmo, os Visitantes etéricos se materializam e uma figura gloriosa se torna visível no centro dos círculos, a qual é chamada por vários nomes: Senhor Maitreya, Bodhisattva, Cristo, Senhor da Paz e do Amor. É o Mestre de todos os Mestres que formam a Hierarquia planetária para levar a cabo o propósito divino deste planeta.

O Cristo aparece vestido com um manto branco puro, Seu cabelo caindo em ondas sobre seus ombros. Ele tem o Cetro de Poder em Sua mão, o qual lhe foi dado pelo Ancião dos Dias para esta ocasião. Nenhum Mestre pode tocá-lo, salvo o Cristo, o Mestre de todos os Mestres. Em cada extremo deste Cetro de Poder, há uma grande empunhadura de diamante, que irradia uma aura azul e alaranjada de grande beleza. Os Iniciados que estão nos três círculos focalizam-no no centro e, quando Ele se torna mais visível, todos Eles se inclinam e cantam um mantra de saudação e afirmação.

Em seguida, estes círculos transformam-se num só círculo e uma cruz, em cujo centro está o Cristo. Aqui novamente o cântico comove os corações e as almas dos presentes, e descem mais alegria, paz e bênçãos sobre a multidão.

O próximo movimento é o triângulo dentro do círculo, em cujo ápice está o Cristo. Ele está de pé perto da pedra e coloca o Cetro de Poder sobre ela. Na rocha, se vê o vaso de cristal com ornamentações douradas e grinaldas de flores de loto que cobrem a rocha e pendem de todos os cantos.

Depois Eles realizam outro movimento, que é um triângulo com três ovais que se entrelaçam no centro do mesmo, onde está o Cristo. O movimento seguinte é una estrela de seis pontas e, depois a estrela do Cristo: o pentagrama ou estrela de cinco pontas. Aqui o Cristo está no ápice, perto da pedra; à sua direita, o Manú; à sua esquerda, o Mestre Rakoczi; um Grande Ser no centro e outros dois Grandes nas pontas inferiores da estrela.
Estão presentes os regentes de todos os tipos de energia: os Mestres Morya, Koot Humi, Veneziano, Serapis, Hilarion, Jesus, e Iniciados, discípulos e aspirantes espirituais; e então o cântico cria uma grande tensão na multidão e Cristo, tomando o Cetro de Poder que estava na pedra, levanta-o e diz: - “ -- Pronto, Senhor, venha..."

Em seguida, coloca novamente seu Cetro de Poder sobre a pedra durante uns poucos momentos antes da Lua Cheia, e os olhos de todos os presentes se voltam para a pedra. A expectativa da multidão aumenta e a tensão torna-se maior e continua crescendo. Através da multidão, parece sentir-se um estímulo ou vibração potente, que tem o efeito de despertar as almas dos presentes, fundindo e unificando o grupo, elevando a todos e realizando-se uma grande ação de demanda, ânsia e expectativa espiritual. É a culminação da aspiração do mundo que se acha enfocada neste grupo expectante.

Poucos minutos antes da hora exata, em que tem lugar o Plenilúnio, se divisa ao longe um pequeno ponto de luz no céu, que ao se aproximar, vai se transformando numa silhueta nítida, que adquire a forma do Buda sentado em sua clássica posição de loto, envolto em Seu manto cor de açafrão, banhado em luz e cor, e com sua mão direita levantada, abençoando a todos. Quando Ele chega num ponto sobre a rocha, Cristo entoa A Grande Invocação e todos os presentes caem prostrados tocando a Terra com suas frontes.

Esta Grande Invocação cria uma corrente estupenda de energia que inunda os corações dos aspirantes, discípulos e Iniciados, e chega... a Deus. Este é o momento mais sagrado do ano, o momento em que a humanidade e a divindade tomam contato. No momento exato da Lua Cheia, o Buda passa a Cristo a energia do primeiro raio – Vontade – que Cristo recebe e transforma em Vontade ao Bem.

Cristo é o grande celebrante, estende Suas mãos, pega o vaso, levanta-o sobre Sua cabeça e logo coloca-o de novo sobre a pedra. Então, os Mestres cantam hinos sagrados e o Buda, o Grande Iluminado, depois de abençoar a multidão, desaparece lentamente no espaço. Toda a cerimônia da bênção, desde que Buda aparece ao longe, até o momento em que desaparece, dura apenas 8 minutos. O sacrifício anual que Buda realiza pela humanidade se conclui, quando Ele retornar a esse lugar no alto, onde trabalha e espera.

O Senhor Buda possui sua modalidade especial de energia, que Ele derrama sobre nós, ao abençoar o mundo. Esta bênção é maravilhosamente excepcional, por sua autoridade e categoria, pois Buda tem acesso a planos da natureza que não estão ao alcance da humanidade; e portanto, pode transmutar e transferir ao nosso plano a energia de planos superiores. Sem a mediação de Buda, esta energia não seria aproveitável, pois sua vibração é muito elevada e nos é impossível percebe-la nos planos físico, emocional e mental. Assim, a energia que Buda difunde, através da sua bênção, encontra canais por onde circular, levando alento e paz àqueles que são capazes de recebê-la.

Ano após ano, Buda regressa para distribuir Sua bênção e a mesma cerimônia se repete. Cada ano, Ele e Seu Irmão, o Cristo, trabalham em íntima colaboração para beneficio espiritual da humanidade. Nestes dois Grandes Filhos de Deus concentraram-se dois aspectos da Vida Divina. Através do Buda, flui a Sabedoria de Deus; através do Cristo, o Amor de Deus se manifesta à humanidade, derramando-se sobre ela na Lua Cheia de Touro.

Nesse momento são possíveis grandes expansões de consciência. Os discípulos e iniciados de todas as partes podem ser ajudados e estimulados espiritualmente, a fim de que possam penetrar conscientemente nos mistérios do Reino de Deus.

Continuando a lenda, quando o Buda desaparece, a multidão se põe em pé e Cristo distribui a água bendita aos Iniciados e a todos que estão presentes no vale. Esta linda “cerimônia da comunhão da água” nos insinua simbolicamente, que a Nova Era já está sobre nós, a Era de Aquário, a do “Portador da Água”. A água magnetizada pela presença de Buda e Cristo contém certas propriedades curativas. Depois da bênção, a multidão se dispersa silenciosamente, encaminhando-se para seus lugares de serviço.

Tal é a lenda por trás deste Festival, e também, tal é a realidade, se nos atrevermos a acreditar nela e se nossas mentes estiverem suficientemente abertas e nossos corações suficientemente expectantes, para reconhecermos sua possibilidade. Esta idéia requer que ajustemos algumas de nossas crenças mais caras. Mas, se puder ser captada e compreendida, surgirá em nossa consciência a possibilidade de a raça humana se conscientizar de sua própria divindade, podendo desenvolver uma Ciência de Aproximação às Forças da Vida e a verdades mais profundas, que ainda estão ocultas.

Homens e mulheres do mundo, guiados em uníssono por Buda, que trouxe a Luz ao Oriente, e por Cristo, que revelou a Luz ao Ocidente, podem pedir e evocar uma bênção e revelação espiritual tão intensas, que num futuro imediato poderá se manifestar aquilo a que a humanidade tanto aspira: “paz na Terra e boa vontade entre os homens”. Desta maneira, podemos introduzir uma Era de fraternidade e compreensão que permitirá ao homem dispor de mais tempo para se dedicar a buscar Deus por si mesmo.

Podemos participar do Festival de Wesak através do jejum, da oração ou da meditação grupal. Recitar tanto quanto possível a Grande Invocação nos dois dias que antecedem o Festival e nos dois dias posteriores. O ideal é recitá-la ao amanhecer, ao meio-dia, às cinco da tarde, ao anoitecer e no momento exato do Plenilúnio. Manter-se em estado de permanente atenção e serena expectativa.
A GRANDE INVOCAÇÃO
Do ponto de Luz na Mente de Deus,
Flui luz às mentes dos homens;
A Luz desce à Terra.
Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Flui amor aos corações dos homens;
O Cristo está na Terra.
Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Guia o Propósito as pequenas vontades dos homens,
O Propósito que os Mestres conhecem e servem
Do centro a que chamamos raça dos homens
Realiza-se o Plano de Amor e de Luz
E sela-se para sempre a porta onde habita o mal.
A Luz, o Amor e o Poder restabelecem o Plano na Terra. 
QUE ASSIM SEJA!
AMEM!

O Festival de Wesak é uma celebração anual, que acontece no momento do Plenilúnio de Touro, quando a bênção de Deus é transmitida à Terra, por intermédio de Buda e de Seu Irmão, o Cristo. Paralelamente ao acontecimento espiritual interno, tem lugar a cerimônia física externa, num pequeno vale do Tibet, no Himalaia. Neste ano, o Festival de Wesak (Lua Cheia com Sol em Touro).

Ritual para a Lua Cheia de Wesak - Dia 6 de maio 2012 às 00h35 (na noite de sábado para domingo).





Durante séculos tem sido celebrado nesta lunação de Touro, próximo ao Himalaia, o Festival de Wesak (a palavra origina-se no Sânscrito e quer dizer MAIO). Representa a manifestação de um grande evento celestial: A materialização da energia de Buda (a consciência crística) que envia bênçãos para todo o planeta Terra. Neste momento, um grande e significativo Portal Energético se abre e podemos nos beneficiar com a energia da Libertação, Iluminação, Amor Sabedoria e Alinhamento com o Plano Superior Divino.

Na época da Lua cheia, uma ponte de contato e comunicação se estabelece entre a humanidade e os centros mais elevados, constituindo um canal único entre a humanidade e a Fonte. A cada mês nosso Sol penetra no campo eletromagnético de um dos signos do Zodíaco, transmitindo sua energia para a Terra. A energia da Lua é bloqueada pela energia do Sol, de tal forma que a transmissão da luz solar é direta. Esta é a razão pela qual os dias de Lua cheia (especialmente em seu momento exato) são chamados de “dias de oportunidade”.

Como presentes das energias da Lua e do Sol nos signos vigentes, recebemos a força profunda, magnética, intensa, curadora e transformadora de Escorpião, juntamente com os atributos de Touro, que, diante de uma escolha, nos traz força de vontade concentrada, foco e determinação. Touro representa, também, a força Próspera da Terra, o poder da Abundância e Concretização no plano material e a Luz Verdadeira no plano espiritual.

Este é um convite para meditarmos e comemorarmos, juntos, essa data especial e receber o bálsamo das Bênçãos Celestiais desse momento, tão precioso e milagroso, em todas as áreas da nossa vida! Para sintonizar-se com essas energias benéficas de abundância e prosperidade, o ideal é reunir um grupo para meditação em conjunto. A energia sincronizada de muitas pessoas pode trazer melhores resultados do que a energia de um único indivíduo. Podemos convidar os amigos e fazer a comemoração em casa, com todos vestidos de branco. Levar flores, incenso, tambores, instrumentos musicais e muita alegria.

Mas qualquer pessoa pode meditar individualmente e se sintonizar com essa egrégora planetária, com o plano mental superior. Basta criar uma atmosfera harmoniosa. Ao meditar, peça a presença dos seres de luz, dos mestres da fraternidade branca, anjos, arcanjos, Elohins, guias espirituais e o que mais a intuição indicar.

Sejamos felizes! 
(autor: Marcelo Dalla)

Fonte: http://www.marcelodalla.com/2010/04/lenda-de-wesak.html?spref=fb