segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ORAÇÃO para o Portal 11:11







11.11.11 - PORTAL DO PODER Arcanjo Gabriel
através de Shanta Gabriel


PORTAIS DE PODER SÃO MOMENTOS DE CONVITE CLARO em que as Energias Divinas estão alinhadas para apoiá-los.

Os Arcanjos sustentam os pilares deste portal para que vocês possam atravessar para a nova vida que vocês cuidadosamente previram e tiveram a intenção tanto para a Terra como para vocês mesmos.

Mais e mais neste Ano de Alinhamento - 2011, as aberturas para novos reinos ocorrerão, fortalecidas pela frequência da Unidade.


11.1.11 é o primeiro Portal.


A escolha está ai para vocês serem receptivos, enquanto vocês mantêm o foco nesta incrível oportunidade de criar um mundo novo de Amor.

Não importa como parece em sua visão física, esta frequência fortalecida está mais disponível do que nunca.

Quando vocês têm a preparação estabelecida dentro de vocês, É UMA ALEGRIA ATRAVESSAR O PORTAL PROPORCIONADO PELOS ARCANJOS DURANTE ESTA ÉPOCA.

Os Portais de Poder são aberturas claras estabelecidas em níveis interdimensionais para criar alinhamento dentro dos seus sistemas de energia.
Está lhes sendo oferecido um fortalecimento para que vocês possam sentir a operação de frequências mais altas em um momento condensado de tempo.

Assim que vocês sentem o alinhamento dentro de si, vocês mudam para sempre.

É PEDIDO PARA TODOS VOCÊS PARA SE PREPARAREM PARA A NOVA TERRA que harmoniosamente sustenta as dádivas da Natureza, a Paz dentro de cada coração, e aqueles que honram a santidade das alterações planetárias que estão ocorrendo.

Dentro de cada ser está a sagrada centelha do Eu Divino.

É este aspecto do seu espírito que é intensificado quando vocês encontram os Portais de Poder.

Focalizar-se no seu Eu Divino mais autêntico será o mais importante e permitirá que um portal seja claramente delineado e impresso no seu caminho.

Mantenham sua idéia mais sagrada de vida dentro de sua mente e coração enquanto vocês dão os passos cerimoniosos avançando através dos portais.

Os Portais de Energia continuarão a ser revelados enquanto este ano avança, mas nenhum deles servem à profunda capacidade de se conectar com a sua Fonte como este portal de 11.11.11.

Conforme vocês atravessam esse portal, simbólica ou literalmente, VOCÊS DEIXARÃO PARA TRÁS FORMAS ANTIQUADAS e padrões de existência que não mais se encaixam no fluxo de energia da unidade demonstrada por ideias sublimes mesmo se suas formas ainda não estejam claras.

Elevem sua vibração através de orações, pedindo à sabedoria orientadora de sua alma e aos Arcanjos para guiá-los. Acolham como um novo nível de seu ser interior o seu Eu Divino, aquele que vê a nova Harmonia, Alegria, Paz e Amor para sua própria vida e para a Terra.

Dispensem um tempo sagrado durante as 24 horas de 11.11.11, principalmente às 11:11 para manter essas intenções e visualizem o Portal do Poder.
OS ARCANJOS QUE GUARDAM O CAMINHO ESTÃO MANTENDO ESTE PORTAL DE LUZ EXPANSIVO aberto para vocês.

Vejam-nos ali, asas maciças de Luz expandidas em dedicação para sua própria evolução e para a da Terra, trazendo-lhes a bênção de Deus.

Quando vocês passam por este portal, mantendo a visão da nova vida na Terra, vocês se alinham com as forças de toda a Criação, e um alto nível de Unidade preenche seu mundo.


Aquilo que não se alinha com estas novas frequências de energia mingua.

As frequências e sistemas de energia antigos não podem existir no mesmo lugar quando sua Alma torna-se alinhada com seu propósito de um modo integrado fortalecido.


O caminho do outro lado do Portal de Poder 11.11.11 pode não se revelar para todos vocês de uma vez, contudo podem ser lhes mostrados relances da nova visão para dar ao seu coração um impulso de esperança.

Saibam que enquanto vocês atravessam o portal, vocês estão se alinhando com os Seres de Luz que os orientam e que vocês nunca estão sozinhos. Sua demonstração desta intenção de viver em Unidade com uma nova grade planetária permite que vocês recebam uma orientação maior e estabeleçam os padrões da Unidade e Harmonia dentro de seu ser.

Isto permite que vocês experimentem maior fé para dar os próximos passos ao longo de seu caminho para um futuro desconhecido, sabendo que VOCÊS SE ALINHARAM COM O PROPÓSITO DE SUA ALMA E QUE ESTÃO SENDO ORIENTADOS A CADA PASSO DO CAMINHO.


REÚNAM-SE COM OUTROS PARA UMA PROFUNDA ABERTURA ATRAVÉS DO PORTAL DO PODER iniciado durante este dia de 11.11.11 - o Alinhamento que abre seu caminho para a Unidade.

Ele oferece a Unidade dentro de vocês e os conecta com a Fonte de Tudo Que É Divino.

Agradeçam à Graça que desce durante este precioso período de tempo.

Recebam-na fundo dentro de seu ser e agradeçam aos Arcanjos que mantêm a Terra em Sagrada Unidade. Vocês são abençoados e assim é.

Shanta Gabriel pelo Arcanjo Gabriel







11/11/11
Este portal parece uma graduação. A energia da Ascensão está a tornar-se óbvia em muitos níveis enquanto observamos o mundo à nossa volta. Lembram-se de quando se tornaram conscientes pela primeira vez? Foi maravilhoso! Como um mundo todo novo a abrir-se! Depois, a vossa vida começou a desmoronar-se. (Cada um tinha que aprender como se realinhar de volta para a Verdade de se mesmo num mundo que não o entendia ou apoiava. Tudo isso enquanto nos sentíamos TÃO cansados! Os nossos velhos padrões não se encaixavam mais, parecia que éramos os únicos em que o carma era uma verdadeira cabra e, no entanto, os momentos de conexão fizeram com que isso tudo valesse a pena.
O 11/11/11 parece o conectar do nosso apoio e, desta maneira, o despertar das massas a um novo nível. O apoio de 11/11/11 parece galáctico, chegando como dois fluxos de energia através da coluna central do corpo – curiosamente – um 11! Em outubro nós limpamos mais velhas linhas do tempo do que seria possível falar aqui, mas a principal foi a manipulação religiosa que data do antigo Egito, que foi progredindo muito ao longo de todo o ano (e antes, aumentando somente em 2011). A primavera Árabe é uma manifestação física disto, mas tivemos outra libertação em outubro, assim vai ser interessante ver como isso vai acabar. Alguma vez pensaram que iriam ver o dia dos Egípcios marcharem na sua embaixada dos USA exigindo um tratamento justo para os Americanos na Ocupação em Oakland? Este é o novo mundo da unidade e da compaixão a ser construído. Mantenham essa energia do arco-íris alimentando o sistema da mudança com Amor.
No centro do 11/11/11 está o influxo de energia que inicia o Serviço Verdadeiro para muitos mais Trabalhadores da Luz, conforme mais das massas despertam. Este potencial de energia é a vossa entrada para a plenitude que vocês sabem que são, a que veem refletida no potencial de Todos os Seres. A Luz do Amor encarnado. Vocês estão no precipício da Verdadeira Liberdade Elevada e, ainda assim, sabem que com toda essa liberdade devem escolher. A vossa escolha é o catalisador que irá iniciar a vossa participação na Vida como um Ser Elevado, Fiel a Si Mesmo e, portanto, Fiel a Todos. Isto assume muitas, muitas formas. A maior parte de vocês sabe que, onde quer que esteja, seja geograficamente ou relacionado com trabalho, está a cumprir a sua função de Trabalhadores da Luz. O vosso “trabalho” é permanecerem Fiéis a vós mesmos, tratar os outros com compaixão e exemplificar a coragem de Amar este novo mundo em desenvolvimento, até mesmo através dos desafios.
Conforme analisamos o 11, vemos pura reflexão, 1 refletindo outro 1. Este é um número de Mestria por muitas razões. É o Eu entendido tão claramente que o Todo é entendido como fora do Eu e dentro do Eu; Toda a Verdade da vida na Terra. A Separação e a Unidade são o quadro Todo, não somente a separação vista na forma. Quando verdadeiramente encarada com o reflexo da forma, vocês olham para além da simples superfície da reflexão. Aqui acedem à vossa Mestria, à medida que percebem sutilmente o que eleva a Vida Toda. Estão a tornar-se os seres soberanos que estavam destinados a ser à medida que o magnetismo da Terra e a vossa re-evolução apoiam a construção do mundo novo. O vosso poder está dentro e a vossa escolha é o vosso foco e criação. O que antes parecia um obstáculo é agora entendido como um exercício. Têm um convite para prosseguirem. Esta é a energia do 11/11/11. O apoio chega, a inspiração torna-se mais clara, e as vossas capacidades cocriativas multidimensionais são aprimoradas por causa da vossa boa vontade de se focarem. Apreciem a viagem!
A Astrologia de Novembro
O 9 de novembro vai direto em Aquário depois de retroceder em Peixes a 3 de Junho. Falei durante meses da importância deste alinhamento. Há o código do 3,6, 9, indicando a amplificação da espiral da vida e o 11 a chamar-nos para a nossa glória total. Há o significado da Era de Peixes que dá lugar à Era de Aquário. Há a inversão da energia da separação, do controlo e da deceção que foi amplificada com o 11/9 de 2001. Há o momento desta libertação mesmo antes do 11/11 conforme temos preparado através dos desafios deste alinhamento.
A 10/11, temos lua cheia em Touro. À medida que derramamos luz no interior da nossa conexão emocional com o Todo da Vida na poderosa energia de Escorpião, Touro oferece-nos uma solução favorável que eleva a vida no plano físico. Sofrer é meramente uma opção, embora a vida às vezes seja cheia de desafios. O Escorpião ajuda-nos a interagir corajosamente com a vida e a expormos o que esconderíamos enquanto o Touro suaviza a viagem. À medida que iluminamos a sombra, já não estamos vinculados a ela, libertando o sofrimento. Desta forma, o Escorpião transcende as limitações do medo e voa livremente como a águia. Em junho começamos o poderoso triplo eclipse que iniciou muita coisa! Em novembro temos o seu reflexo. Notem que Gêmeos está envolvido nos eclipses de 2010 a 2012. Coletivamente, estamos a resolver a dualidade, Toda a nossa comunicação e o equilíbrio coração/mente. A 24/11, temos um eclipse solar na lua nova de Sagitário, apesar de em junho termos tido um eclipse lunar em Sagitário. E, estranhamente, Mercúrio recua em Sagitário também nesse dia (24/11 – 13/12). Em novembro, deslocamo-nos para as ações que servem o Todo com coragem, clareza, total comunicação (não apenas falada) que resulta numa situação de ganhos puros ao longo do tempo. Mantenham o vosso foco centrado no coração. Mais sobre o eclipse em Gémeos em dezembro.
Em Síntese
Novembro parece bastante positivo no geral. Temos muito apoio e ainda mais alívio da agitação de outubro. Apesar disso, o movimento é necessário. Somos chamados a manter a nossa coragem e determinação através da mudança e esse é, na verdade, um lugar realmente positivo para se estar. Quando Sabem quem são e Conhecem o poder da vossa Luz e Amor, não evitam nem atacam. Observam e escolhem. Essa é a sabedoria em ação. Deixem que a escolha do Amor lidere o caminho e ficarão admirados com o que se segue. Esta é a energia do 11/11/11 – a Exaltação. A Luz contém a matriz do arco-íris inteiro, mesmo para além do que podemos ver. Conheçam o vosso Eu e Conhecerão o resultado futuro dos desafios do dia – progresso. Alegrem-se porque a vossa Luz revelou o que antes esteve oculto e mantenham a vossa intenção num futuro luminoso. Vocês são já esse futuro agora.
Direitos de Autor: © 2005-2011 Jamye Price, www.CrystallineSoulHealing.com. Direitos reservados. É livre para partilhar este trabalho para fins não comerciais, de forma completa e não editada, com esta informação apresentada na íntegra.
Tradução: Ana Belo – anatbelo@hotmail.com



PAZ PROFUNDA!


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Como se dá a relação entre a alma e o tempo em Agostinho?



Esta é uma adaptação feita por mim, Eneide, do texto original do Prof Vicente Sérgio Brasil Fernandes da Disciplina “O modo de conceber e fazer filosofia de alguns pensadores medievais” da Universidade Católica de Brasília – Curso de Pós-Graduação em Filosofia Existencialista.

 
Introdução (de Eneide): Santo Agostinho (354 – 430 d.C) filosofo medieval, pertence ao grupo dos filósofos patristicos. Segundo Jeuneau, Santo Agostinho  resume sob uma tríplice rubrica: um ideal cultural, uma síntese doutrinal, uma orientação filosófica. O ideal cultural exprime-se por meio de uma imagem bíblica invocada no De doctrina christiana (II, 40, 60-61).

Agostinho vê no episódio do despojamento dos egípcios pelos judeus, narrado no Êxodo (XI, 2 e XII,35-36), um valor simbólico. Ele prefigura a atitude do cristão para com a sabedoria pagã: as verdades acaso anunciadas pelos chamados filósofos não só não devem ser temidas, mas reclamadas deles como de injustos possuidores. É o que o próprio Agostinho põe em prática ao se tornar cristão, monge e bispo. Coloca a serviço da sabedoria cristã sua cultura de retórico.





 Segue o Texto adaptado do Prof Vicente Sérgio Brasil Fernandes para responder a questão “O que é o tempo?” 
Diz o Prof Vicente, uma das perguntas mais difíceis.

 Nada nos é mais familiar do que o tempo, e, quando se trata de dizer em que consiste o seu ser, nada nos é mais estranho e fugidio. 

Platão e Aristóteles tinham levantado esta questão a partir do horizonte do movimento cósmico, especialmente do movimento dos céus, pois é o movimento contínuo e regular dos astros que nos permitem medir o tempo. 

Ao medir o tempo, pressupomos um antes e um depois. 

Aristóteles disse que o tempo era a medida do movimento, o número que se percebe com a passagem do devir, transição do anterior ao posterior, duração, sucessão. 

O tempo medido é número: ritmo de passagem, de transformação, de devir dos entes. 

Entretanto, o movimento é a causa de conhecermos e medirmos o tempo. 

Será mesmo que a essência do tempo é o número do movimento (ritmo)? 

Aristóteles parece ter vista a insuficiência desta resposta.
Se o tempo é número, o que é que numero o ritmo do movimento?
A alma, dizia Aristóteles.
Com isso, Aristóteles trazia a questão do tempo para o terreno da alma que numera o movimento.
Assim como o corpo se define a partir do espaço, também a alma se define a partir do tempo.
O espaço se dá a partir da experiência dos sentidos externos.
O tempo, a partir da experiência do sentido interno, melhor da consciência. 

Agostinho irá fazer da consciência o foco central da análise do tempo.  

Seu horizonte é a duração vivida e a consciência da sucessão. 

Nesta perspectiva, o tempo e a alma são quase a mesma coisa. 

O tempo é uma "distentio animae", um distender-se da alma. 

Como? 

Agostinho responde que o passado é o que se dá como recordação. 
 
O futuro, o que se dá como expectativa. 

E o agora é o que se dá como atenção ou como auto-presença da mente a si mesma. 

Na verdade, todo tempo é agora. 

O passado é o agora que foi retido na memória e que se torna presente como recordação. 

O futuro é o agora que se espera e que se tem presente como expectativa. 

Para Agostinho, há três formas de presente:
-         o presente do passado,
-         o presente do futuro e
-         o presente do presente. 

Para Agostinho, tudo se define, porém, como presente, a partir da presença da alma a si mesma. 

Neste sentido, o tempo é uma imagem da eternidade. 

Eternidade é puro presente e pura presença. 

A grande luta existencial do homem consiste em recolher-se de sua perda de si mesma junto às coisas fugidias e múltiplas, que tendem para o não-ser e concentrar-se no presente, na presença, no agora da eternidade de Deus, onde tudo é uno. Este é o anseio maior da contemplação.


Os Filósofos da Patrística – Justino, Clemente e Orígenes



Esta é uma adaptação feita por mim, Eneide, do texto original do Prof Vicente Sérgio Brasil Fernandes da Disciplina “O modo de conceber e fazer filosofia de alguns pensadores medievais” da Universidade Católica de Brasília – Curso de Pós-Graduação em Filosofia Existencialista.





Introdução (de Eneide): Patrística entende-se o período da cultura cristã, entre o século II ao VIII. Neste período os Padres da Igreja, foram os construtores da teologia católica e conseguentemente da doutrina cristã. Os Padres Apologistas faziam uma defesa racional do cristianismo contra o paganismo e aos hebreus. Como exemplos de padres apologistas temos Justino, Clemente e Orígenes.




 Segue o Texto adaptado do Prof Vicente Sérgio Brasil Fernandes para responder a questão de Como se relacionam filosofia e fé cristã em Justino, Clemente, Orígenes?

Justino, Clemente e Orígenes ocupam um lugar especial na história do cristianismo e também da filosofia, pois são os primeiros a tentar uma síntese histórica de pensamento grego e fé cristã.

Agostinho é o padre latino mais importante para toda a história do cristianismo ocidental.

Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo havia escrito que a mensagem cristã (a pregação do Crucificado) era uma loucura para os que buscavam sabedoria (os gregos, os filósofos) e que era sabedoria para os que entravam na existência da fé. 


Portanto, para Paulo, fé e filosofia eram coisas inteiramente e radicalmente diferentes.
 Uma era loucura para a outra. 


Alguns "Padres da Igreja" mantiveram essa opinião. Tertuliano, por exemplo, pergunta: o que tem a ver Jerusalém e Atenas? 


Outros culpavam a filosofia por ser a filha predileta do paganismo e a mãe de todas as heresias que já começavam a surgir no cristianismo. 


Não obstante isso, nos primeiros séculos cristãos as resistências iniciais contra a filosofia começam a cair e alguns "Padres da Igreja" começam a ter uma posição mais favorável e conciliadora entre fé cristã e filosofia.
 Isso será de consequências extremas para a história da filosofia. Desde então o destino da filosofia se encontra com o destino do cristianismo e o modo de pensar grego é inteiramente redimensionado no horizonte da teologia cristã. 


Mesmo na modernidade, quando ocorre um processo de secularização, de dessacralização e de descristianização da cultura ocidental, o modo de pensar dos filósofos ainda estará fortemente comprometido pelas representações cristãs dos conceitos filosóficos.


Com Justino, Clemente e Orígenes, estamos nos séculos II e III da era cristã.


 No século II o grande empenho dos filósofos e intelectuais que se convertiam à fé cristã era de apresentar, justificar e defender a fé cristã diante do Estado Romano. 


Era a hora dos apologistas. 


Eles deviam mostrar que o cristianismo não era absurdo, que o que os cristãos pregavam podia estar acima da razão, mas não era anti-racional.



Filosofo da Patrística – Apologista – Flavio Justino Mártiri ou São Justino

 

Justino foi um dos mais decisivos apologistas do cristianismo, tendo escrito apologias a Marco Aurélio, o filósofo estóico e imperador. 


Uma obra importante onde Justino nos dá uma idéia de sua compreensão da filosofia e do cristianismo se encontra no "Diálogo com Trifão". 


Trifão era o nome de um sábio judeu, que questionou a busca filosófica de Justino.
Naquele tempo, entendia-se que o essencial da filosofia era a ética - a lógica e a física era para ajudar o homem a pensar e a se situar no universo, mas o mais importante era a ética.
E a ética era entendida como a ciência da felicidade.
 O homem filosofa para ser feliz.
Mas, a felicidade suprema, como tinha ensinado Aristóteles, estaria na "theoria", isto é, na contemplação, no conhecimento da verdade por causa da própria verdade.
Assim, a filosofia era a busca da verdade e da sabedoria que daria ao homem a condição de ser feliz.

 Justino tinha feito um itinerário por várias correntes filosóficas de seu tempo, mas em nenhuma ele tinha alcançado um conhecimento da verdade que pudesse lhe dar uma verdadeira felicidade. 


Este conhecimento Justino julga ter encontrado somente na fé cristã. 


A fé cristã era, para Justino, a verdadeira filosofia, a plenitude da filosofia, ou seja, do saber da totalidade, da verdade, que concede ao homem a felicidade. 


Justino compreendia o cristianismo como filosofia plena, por isso jamais deixou o manto de filósofo, mesmo depois de convertido ao cristianismo. 


Além disso, Justino entendia que a sabedoria verdadeira, amada e abraçada pelo filósofo cristão, era o Logos de Deus e que o Logos se fizera carne em Jesus Cristo. 


O Logos é a sabedoria eterna de Deus que ilumina todo o homem no conhecimento da verdade. 


Por isso, Justino dizia que todo aquele que conhece a verdade, ao menos em parte, é cristão.

 Para Justino, Heráclito e Sócrates eram cristãos, pois escutaram a fala do Logos! 


Os filósofos teriam tido um conhecimento parcial do Logos, mas só a revelação cristã oferecia ao homem o conhecimento total do Logos. 


Platão tinha dito que a filosofia era como um barco que o homem tem para atravessar o mar da vida. E que a navegação do filósofo era uma "segunda navegação", o que significa: não era uma navegação feita à vela (primeira), mas uma navegação feita a remo, com o esforço do braço do navegador. 


Platão dizia também que, se fosse dada ao homem ou ao filósofo uma palavra e uma revelação divina, ele não deveria hesitar em abraçá-la e se deixar guiar por ela.
É por isso que Justino não hesitou em saltar da busca filosófica do pensamento para a sabedoria da fé e da revelação cristã. 


Justino acreditava também que a filosofia vinha não da mitologia, mas de uma sabedoria divina, revelada, que era anterior a ela mesma. Portanto, ao se fazer cristão, o filósofo estaria nada mais nada menos do que reconduzindo a filosofia à sua própria fonte ou origem. Esta atitude de Justino abriu, então, o caminho para os outros.


Clemente continuou a idéia do Logos como mestre universal da humanidade, Justino.

Filosofo da Patrística – Apologista – Clemente de Alexandria (150 – 216 d.C)

 


Para Clemente, o Logos é quem exorta o homem para a busca da verdade. 


O Logos é o pedagogo da humanidade, pois a educa e a corrige.


 O Logos é, ainda o mestre que ensina e ilumina a humanidade. 


Ora, o mesmo Logos que guiou os judeus no caminho da Torah, tinha guiado os gregos pelos caminhos da filosofia. Toda corrente filosófica tem algo de verdadeiro. Por outro lado, nenhuma corrente filosófica é toda a filosofia ou a filosofia verdadeira. 


Para Clemente, a filosofia verdadeira é a fé cristã. 


A passagem da investigação filosófica para a sabedoria da fé, porém, é um salto. Mas é um salto necessário para quem busca a verdade e a sabedoria. A filosofia não é a verdade, nem a sabedoria. Ela é serva que busca verdade e a sabedoria. 


Onde se encontram, porém, a verdade e a sabedoria? Na revelação divina, diz Clemente.


Mas, basta ao homem a fé, para ele entrar na posse da verdade plena e da sabedoria universal e total? Não, diz Clemente. 


O crente precisa passar da simples fé para o conhecimento (gnosis) da fé. 


Numa época em que o gnosticismo era o grande perigo para o cristianismo, pois reduzia a fé ao conhecimento, enquanto vários amaldiçoavam o conhecimento por causa desta pretensão do gnosticismo, Clemente inverteu as coisas: reconduziu e submeteu o conhecimento (filosófico) à fé e postulou que a fé deveria chegar à plena transparência de si mesma como conhecimento (teológico). 


Mas o conhecimento da fé não é conhecimento meramente racional e sim conhecimento pessoal-místico do encontro com Deus. 


Clemente abriu, assim, o projeto da Idade Média: da ciência à filosofia, da filosofia à fé, da fé ao conhecimento teológico, do conhecimento teológico ao amor, do amor à mística da união com Deus.

Filosofo da Patrística – Apologista – Orígenes (185 a 255 d.C)

 

Orígenes foi aluno de Amônio Saccas e colega de Plotino em Roma. 


Deu organização e vida à escola catequética de Alexandria, assimiliando os elementos da Paidéia (educação grega) na formação do cristão, segundo o programa proposto por Clemente. 


Prezava as artes liberais (as 7 ciências básicas da antiguidade: o trivium, que se referia à linguagem, e o quadrivium, que se referia ao conhecimento matemático da natureza) e via nelas uma maneira de o homem se elevar até à filosofia propriamente dita. 


O modelo axiomático-dedutivo da geometria lhe serviu como parâmetro para construir o conteúdo sistemático da doutrina da fé cristã. 


No "Perì Archôn" (Dos princípios), Orígenes sistematizou a teologia pela primeira vez, partindo dos princípios da realidade, do conhecimento e da fé, e tirando-lhes as consequências. 


Orígenes foi também um grande hermeneuta dos escritos sagrados dos cristãos, retomando o método alegórico de interpretação, já iniciado por Filo de Alexandria.


Orígenes defendeu  a integração entre a investigação da razão e a obediência da fé, diante do racionalismo dos pagãos (como Celso) ou diante do fideísmo dos cristãos (Tertuliano, por exemplo). 


No "Contra Celso" Orígenes traz à fala a identidade do cristianismo: o cristianismo propõe a excelência da caridade, ali onde o grego põe a excelência da justiça; a redenção como obra da graça sobrenatural na história, ali onde o grego põe a inserção racional na ordem natural do universo; a encarnação de Deus, sua imanência no mundo terreno e seu amor pelos homens, ali onde o grego põe um Deus transcendente, supra-celeste, impessoal e indiferente, amado por todos como fim supremo, mas incapaz ele mesmo de amar; a fé de que a redenção alcança a carne humana e a matéria cósmica, de que essas são, na sua origem, obras da ação criadora de Deus e que serão, no fim, redimidas juntamente com o espírito, ali onde o grego recorre ao espiritualismo que reduz e condena a matéria ao não-ser e à função de origem do mal. Orígenes postulou a liberdade e não a necessidade como o sentido de todas as coisas no universo e na história. 


Na concepção de Orígenes a criação é um ato livre de Deus. 


A criação procede não da necessidade e sim da liberdade de Deus. 


Todos os entes criados são contingentes: são, quando poderiam não ser. “O ser, portanto, não lhes é algo de próprio, mas uma dádiva de Deus” (De Princ. II 9, 2). 


O motivo da criação de Deus é sua própria bondade. 


Junto com a contingência, vem também a temporalidade. 


Todos os seres criados são mutáveis. 


Para Orígenes, antes de tudo, na ordem da criação, vêm os seres espirituais. 


A natureza não é outra coisa que o palco onde se desenrola a história: o drama desencadeado pelas criaturas racionais/espirituais e suas livres decisões. 


O drama cósmico começa com a livre decisão dos seres racionais de se voltarem da plenitude do ser (Deus) para o não-ser (a criatura); e termina com o endireitamento e o resgate do universo, graças à encarnação do Logos divino e à sua obra de redenção histórico-cósmica. 


Com o pensamento de Orígenes há o princípio da liberdade e o horizonte da historicidade, rompendo, assim, como o emanacionismo necessitarista neoplatônico.


 Orígenes foi um grande escritor cristão; o primeiro a buscar construir uma ciência da fé. Neste sentido, foi, sem dúvida, um dos maiores Padres da Igreja. 


Em sua síntese, Orígenes, pulsa toda uma metafísica do espírito e uma ontologia da liberdade. 


Em Orígenes cada passo da construção da doutrina da fé, o pensamento se põe a sondar também o abismo da liberdade como momento originário, fundamental e fundador de todo o cosmos e do drama que o envolve, em seu movimento de queda e de reerguimento e reconstituição. 


Para Orígenes a liberdade é o motivo da criação, da queda, da redenção pela encarnação do Lógos, e é também da repristinação de todas as coisas. 


Orígenes não somente deu o aval de uma teologia sistemática e do uso da filosofia, especialmente da metafísica, na construção de tal teologia, mas também legou aos homens do futuro, os medievais, os aportes fundamentais para uma hermenêutica bíblica baseada numa interpretação espiritual e mística das Letras Sagradas. 


Contudo, como Orígenes foi um pioneiro e, apesar de buscar se ater à “regra da fé” da tradição apostólica, algumas vezes tenha resvalado para ensinamentos que mais tarde se revelaram, à luz do magistério dos concílios, como heterodoxos, tornara-se um pensador cristão muito controverso. 


Orígenes não era um herege. 


Como teólogo, se aventurou a pensar e escrever sobre pontos que não estavam claros na bíblia, nem na tradição apostólica. 


Muitas das inferências de Orígenes tinham, para ele, um valor hipotético. 


Algumas delas se revelaram, depois, heterodoxas. 


Mas continuaram sendo defendidas por origenistas obcecados, que dogmatizavam as doutrinas do mestre. Nestas correntes, o platonismo extremo exercia uma forte influência. Os origenistas foram monges que viveram no Egito, na Palestina e na Síria, entre os séculos IV e VI. 


Os concílios acabaram condenando, dentre outras, as doutrinas da preexistência das almas, da reencarnação, da não punição eterna dos demônios e das almas humanas, a “apokatástasis”. Apesar de toda a turbulência em torno dos origenistas nos séculos seguintes à sua morte, Orígenes gozou de grande respeito também por parte de outros Padres da Igreja e dos pensadores medievais.


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Imperium Solis: O estranho caso dos redemoinhos lunares: Os redemoinhos lunares são estranhas formações brilhantes e sinuosas observadas em algumas regiões da superfície da Lua, sem relação aparen...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Hoje, 2 novembro - Dia de Finados!


  
 

Pode até parecer um dia de feriado comum... 
mais...
fica a nostalgia... 
que só quem sente a saudade de quem não está mais neste plano,
sabe como este dia é "diferente" dos outros feriados!

Acredito na “VIDA”
Acredito na VIDA ETERNA!

Assim, neste dia onde a sensação é de um “vazio”
Que não se explica.... racionalmente....
Fica a certeza que  em algum momento...
Estaremos todos juntos!

Na volta à Unidade
Como é o pensamento dos Neoplatonistas
A qual eu acredito...

Enquanto isso...
Fica a Nostalgia
Fica a Saudade!
Fica a Esperança de um novo reencontro!

FICA O AMOR ETERNO
AGRATIDÃO ETERNA

De todos que passaram em minha vida terrestre
Mais estarão presentes
EM MEU CORAÇÃO!.....
ETERNAMENTE!

PAZ PROFUNDA!
(autora: Eneide Pompiani de Moura)